A METER Group realizou um webinar voltado para a discussão de como outros parâmetros, além da umidade do solo podem ajudar nas tomadas de decisões e manejo agrícola de uma propriedade, resultando em benefícios como menos desperdício de insumos e ganho de produtividade. A umidade é importante, de fácil entendimento e de ampla utilização, porém muita coisa não podemos concluir somente com ela. Abaixo respondemos as perguntas que não conseguimos atender ao vivo.
Faça download da cópia do seminário em PDF.
Perguntas e respostas:
P: Quanto tempo precisa pra gerar uma curva de retenção com HYPROP pra uma amostra de solo?
R: Após a amostra ser colocada no instrumento, pode levar de 2 a 10 dias, dependendo do tipo de solo.
P: Gostaria de saber se poderia receber a apresentação ou vídeo por e-mail.
R: Claro, a gravação e o material em pdf ficarão disponíveis nesta página, e um e-mail avisará a todos quando acontecer.
P: Se eu quiser monitorar a umidade do solo e o potencial matricial num mesmo ponto, continuamente, qual datalogger você recomenda para usar em conjunto os sensores TEROS 21 e TEROS 12?
R: Eu recomendaria um datalogger da própria METER, fabricante destes sensores. Isso porque o processo fica muito mais simples, praticamente plug-and-play. Além disso, temos versões com acesso remoto dos dados, por sinal de celular, que facilita o acompanhamento. No entanto estes sensores não são exclusivos para nossos dataloggers, caso tenha um de outra fabricante, ou próprio, e que seja compatível, os sensores podem ser adaptados.
P: Para uma área de irrigação, você recomendaria pelo menos um sensor capacitivo e um sensor de potencial hídrico?
R: Eu acho que esta combinação daria boas informações para o gerenciamento de irrigação. O sensor de umidade informa quanto de água tem ali, e ajuda no cálculo de lâmina para repor se necessário, e o potencial hídrico informa os pontos críticos a serem observados, determinando quando precisa irrigar, e até quanto.
P: Para culturas com profundidade efetiva do sistema radicular maiores (20 a 30 cm) tem sensores?
R: Tem sim, os sensores em sua maioria são pontuais, podem ser colocados na profundidade desejada. Existem alguns também que são compridos, para acessar da superfície, profundidades maiores. Vai da praticidade da instalação e da necessidade do monitoramento.
P: Se tiver que escolher um dos parâmetros para ser medido, é melhor escolher a umidade ou o potencial hídrico?
R: Particularmente vejo mais informações usando o potencial hídrico. Com a umidade não sabemos se está bom ou não, a menos que tenhamos dados históricos ou informações do solo. Para potencial hídrico sabemos se a planta está estressada, ou saturada, e temos o acompanhamento do movimento. Cabem duas observações, somente com o potencial, no entanto, não temos como calcular a lâmina de irrigação, exceto, novamente, com dados históricos. Além disso, sensores de umidade costumam ser mais baratos, para redes grandes, e mais precisos, apesar de termos novas tecnologias no sensoriamento de potencial hídrico melhorando isso a cada dia, a exemplo do TEROS 21, que veio para permitir um monitoramento em toda a amplitude de interesse dos agricultores, que não existia antes.
P: Há recomendação de alguma solução padrão para o sensor TEROS 12 e ES-2? Como se faz a calibração ou ajuste no sensor?
R: Os dois sensores vêm calibrados de fábrica. O sensor ES-2 pode ser confrontado com soluções de condutividade elétrica conhecidas, já o TEROS 12 pode ser calibrado para outros substratos que não solo mineral, ou então para solos minerais mesmo, para melhorar sua precisão. Neste link temos o procedimento para isso.
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