Tensiometria e ponto de orvalho: Tecnologias que ajudam na determinação do potencial hídrico dos solos
Aprenda mais sobre estas duas tecnologias que podem ser utilizadas na leitura de potencial hídrico do solo, como elas funcionam e em quais situações elas podem ser aplicadas.
PERGUNTAS E RESPOSTAS:
P – A unidade apresentada como pF se refere a pico Faraday? o sensor é capacitivo?
R – Não, o pF neste caso é uma representação do potencial hídrico. O valor pF é o logaritmo decimal da coluna d’água em cm. Um solo com tensão de -100 hPa é equivalente a uma coluna d’água de aproximadamente 100 cm, então seu valor pF seria de 2.0.
P – O software que acompanha os equipamentos ajusta os dados em qual modelo?
R – O software que gera a curva e ajusta nos modelos pertence ao instrumento HYPROP, chamado HYPROP FIT. Ele disponibiliza o ajuste em sete modelos de curva de retenção: van Genuchten constrained (1980), van Genuchten unconstrained (1980), van Genuchten bimodal (1994), Brooks & Corey (1964), Kosugi (1996), Fayer-Simmons (1995) e Ross-Smettem (1993) e quatro modelos de curva de condutividade: Mualem, Burdine, Peters-Durner I e Peters-Durner II.
P – Qual é a fonte da figura da árvore? Vou aproveitá-la e queria referenciá-la.
R – Ela foi retirada do material de nossa própria empresa (pode ser encontrada neste link). Como não consta a referência acredito ser criação própria.
P – A haste deste equipamento HYPROP e a mesma do T5? É que se for, gostaria posteriormente de orçá-las para possível aquisição.
R – Elas seriam itens diferentes. O T5 é um tensiômetro, já com o sensor de tensão na sua base, e no caso do HYPROP a haste é separada do sensor, este que fica na base de leitura, mas na prática são bem similares e trabalham da mesma forma. O T5 no momento está descontinuado, estamos trabalhando no lançamento de seu substituto.
P – Poderia utilizar uma amostra homogênea de solo deformada para construção de uma curva de retenção de solo com o equipamento HYPROP?
R – Poderia, para curva de retenção de água, mas não para a condutividade hidráulica. O recomendado é usar amostras indeformadas, mas para a curva poderia ser usada amostra deformada, preenchendo o anel com o solo, cuidando para aproximar a densidade da real.
P – Como é o feito o processo de retirada do ar dos minitensiômetros no HYPROP e como feito o processo de colocação de água dentro dos minitensiômetros?
R – O processo de preenchimento das hastes dos minitensiômetros usados no HYPROP pode ser realizado de duas maneiras: com seringas ou com sistema com bomba de vácuo (mais recomendado). Os dois sistemas possuem a mesma finalidade, de desgaseificar a água que será colocada nas hastes e na base de leitura e de inseri-la no sistema. Para um passo-a-passo temos os processos detalhados no manual do instrumento.
P – Poderia por favor me enviar a referência do gráfico de regimes de escoamento de água no solo que justifica o uso da amostra indeformada para altas tensões?
R – A imagem pode ser encontrada neste link, e a referência: Lu, N., and W. Likos. “Unsaturated soil mechanics”. John Wiley and Sons, Hoboken, NJ USA (2004)
VÍDEOS RELACIONADOS:
A Tecnologia da Capacitância Aplicada no Monitoramento de Umidade do Solo
Fundamentos e Aplicações do Potencial Hídrico do Solo
Caracterização de solos utilizando curvas de retenção de umidade